O DESINTERESSE PELA EDUCAÇÃO MANTÉM

    O   BRASIL NA PERIFERIA DO MUNDO

 

MAERLE FERREIRA LIMA

 

Relatório do movimento, ” Todos Pela Educação (TPE) “, divulgado no dia 02 de julho de 2015, como era de se esperar, não veio com boas notícias.

Pelos dados apresentados, dificilmente o Brasil conseguirá cumprir as 5 metas que o TPE estabeleceu para serem alcançadas até 2022. As metas são as seguintes:

1- Toda criança e jovem de 4 a 17 anos na escola; 2- Toda criança plenamente alfabetizada até os 8 anos; 3- Todo aluno com aprendizado adequado ao seu ano; 4-n Todo aluno com o ensino médio concluído até os 19 anos; 5- Investimento em educação ampliado e bem gerido.

Para nossa decepção, o Relatório mostrou que, de acordo com dados de 2013, 2 milhões 863 mil 850 crianças brasileiras entre 4 e 17 anos estavam fora da educação básica.

Por outro lado, usando dados da Prova Brasil, o Relatório mostrou que apenas 9,3% dos estudantes que deixam a educação básica apresentam proficiência em Matemática e Português.

Na parte referente ao investimento público direto em educação, de acordo com dados da Diretoria de Estatísticas Educacionais do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira ( DEED/Inep ) a educação recebe apenas 5,6% do Produto Interno Bruto ( PIB ).

No mundo, a Suíça é o país que mais investe por aluno anualmente, 16 mil e 90 dólares; seguida pelos Estados Unidos e Noruega, que investem, respectivamente, 15 mil 345 dólares e 14 mil  288 dólares. Além desses três primeiros, 12 outros países investem mais de 10 mil dólares: Áustria; Suécia; Dinamarca; Holanda; Bélgica;, Finlândia; Alemanha; Irlanda; Austrália, Japão; França; e Reino Unido.

No Brasil, o investimento anual por aluno corresponde apenas a 3 mil e 66 dólares, à frente unicamente da Indonésia que aparece com 625 dólares e atrás de outros países da América Latina, a exemplo de Chile; México; Argentina; Cuba e Uruguai. Por fim, o Brasil não chega nem a investir metade do que é recomendado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento ( OCDE ), ou seja,  o mínimo de 9 mil 252 dólares americanos

Pelo revelação desses dados, não há dúvida de que estamos perdendo também o século XXI !…

 

Brasília, 23 de julho de 2015